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Câncer Colorretal (CCR): Fisiopatologia

 

Conhecendo o Intestino Grosso

O Intestino Grosso (IG) é o último órgão do sistema digestório e funciona como se fosse uma moldura para o Intestino Delgado (ID). O IG é dividido em porções: ceco, cólon ascendente,  cólon transverso,  cólon descendente, cólon sigmoide e reto. Posterior aos cólon, temos o reto e o ânus. 




Fisiopatologia
O câncer de colón retal é um tumor maligno que se desenvolve cerca de 50% das vezes na porção final do cólon, o reto. Ele se desenvolve a partir de um pólipo -pequenas verrugas, que crescem a partir do revestimento interno do intestino (mucosa). Existem diversos tipos de pólipos intestinais, mas há três tipos mais comuns, o pólipo hiperplásico (geralmente pequenos), pólipos inflamatórios (acontecem em doenças inflamatórias intestinais, como na retocolite e doença de Crhon, podendo aumentar o risco de desenvolver câncer de colorretal) e pólipos adenomatosos (são os mais comuns e mais importantes devido seu alto potencial de se transformar em adenocarcinoma - câncer). Os pólipos intestinais atingem cerca de 30% da população. 
Os pólipos pequenos com menos de 1 cm, tem pequeno potencial de malignização, mas os pólipos maiores e quando se apresentam em maior número (acima de 3 ou 4, por exemplo) tem maior chance de malignizar. Os pólipos crescem por cerca de 5 a 15 anos para posteriormente a isso se transformar em câncer. A seguir tem uma imagem demonstrativa dos eventos que acontecem com as células no desenvolvimento de um câncer.

Nós temos duas cópias de gene supressor de tumor Polipose adenomatosa coli (APC). Esse  este gene é responsável por promover a degradação da b-catenina, porém no CCR esse gene sofre uma mutação e perde sua função ficando inativo e com isso ocorre acúmulo da b-catenina. Este componente da via de sinalização em grande quantidade se transloca para o núcleo celular e ativa a transcrição de genes responsáveis pela proliferação celular. Esse processo pode ser acompanhado de mutações dos genes KRAS e TP53 (genes que regulam a proliferação celular). Ao final, pela estimulação desses genes que estimulam a proliferação celular, faz-se surgir os adenomas com displasias celulares. 
 

Estágios do CCR
Estágios O: O câncer se restringe à camada interna (revestimento) do intestino grosso (cólon) que cobre o pólipo. Mais de 95% das pessoas com câncer nesse estágio têm uma sobrevida de no mínimo cinco anos.
Estágios 1: O câncer se dissemina ao espaço entre a camada interna e a camada muscular do intestino grosso (esse espaço contém vasos sanguíneos, nervos e vasos linfáticos). Mais de 90% das pessoas com câncer nesse estágio têm uma sobrevida de no mínimo cinco anos.
Estágio 2: O câncer invade a camada muscular e a camada externa do cólon. Aproximadamente 55% a 85% das pessoas com câncer nesse estágio têm uma sobrevida de no mínimo cinco anos.
Estágio 3: O câncer estende-se pela camada externa do cólon até os gânglios linfáticos associados. Aproximadamente 20% a 55% das pessoas com câncer nesse estágio têm uma sobrevida de no mínimo cinco anos.
Estágio 4: O câncer se dissemina a outros órgãos, como o fígado, pulmões, ovários ou o revestimento da cavidade abdominal (peritônio). Menos de 1% das pessoas com câncer nesse estágio têm uma sobrevida de no mínimo cinco anos.


Resumindo: 
T1: Tumor atinge a mucosa e submucosa.
T2Tumor atinge a serosa.
T3: Tumor atinge os linfonodos ao redor do intestino.
T4: Tumor migra para os outros órgãos. 







Fonte: INCA.

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